Existem alturas em que as pessoas ganhavam muito mais se estivessem caladas.
Já por vezes tenho detectado enormes calinadas nalguns pseudo-jornalistas da praça e muito principalmente naqueles que se dedicam à "tecnologia". São os tais méritos de um "choque tecnológico" que rapidamente passou a tecnologicamente chocante...
Geralmente, após me rir um bom bocado das asneiradas, nem perco tempo a comentar nem tampouco a lá voltar.
Foi precisamente este o caso desta "jornalista" a que a leitura do teu artigo me "re-demoveu" a lá voltar para ver se aquilo por lá andaria melhor. Pelos vistos piorou, mas também fiquei feliz por não ver ninguém a comentar o que prova a completa falta de interesse a que tal blog está votado.
Nem foi preciso muito tempo para chegar a mais uns erros, bastou a leitura de alguns dos mais recentes posts, como por exemplo a ACER ser a pioneira dos netbooks ou a Google andar a tentar copiar a Microsoft (coitado de Google quando tal acontecer) num pseudo Wave vs Groove, este último segundo esta "jornalista tecnológica lançado pela Microsoft (!) em 2003!.
Nem de encomenda!
No caso Groove note-se que foi em 1997 que o "inventor" de Lotus Notes Ray Ozzie, agora o manda-chuva da MS, fundou a Groove Networks cujo produto de topo era (pasme-se!) - Groove!!!
1997!
O mais incrível desta "jornalista" não é apenas o facto de ter sonhado esta história do Groove ser "inventado" pela MS mas sim do ano em questão - 2003!
2003!
Calcula agora que a MS "comprou" a Groove Networks em:
- "taram" - 2005!
2005!
Imaginação encomendada ou apenas a habitual ignorância desta "jornalista"?
Em segundos, qualquer pessoa fica a saber uma coisa destas, recorrendo como é óbvio ao Google (na cabecinha dela inventado também pela Microsoft???)
Notável é a pesquisa que eventualmente faz para se sair com asneiras de alto-calibre mas vendo que a dita "jornalista" nem sequer consegue ler os comentários com o Firefox diz tudo sobre a capacidade de uma personagem destas "escrever" artigos teknológicos.
Aliás o k pode significar algo...
Depois de tudo isto, acho que ir até lá ensinar alguma coisa a esta "jornalista", sobretudo acerca do "pacote telecom" e respectiva implementação pelos Estados-Membros do qual me parece ser completamente ignorante e apenas ter escrito algo a encomenda de alguém, é perder tempo.
@braço.
PS: Espero que da próxima vez que por lá passar seja pelo motivo de ter fechado. Nessa altura, provavelmente comentarei:
- Até que enfim...
A vender gato por lebre não deverá ir muito longe.
Ana Rita Guerra a 30 de Junho de 2009 às 16:52
Meu caro,
Gostaria que me apontasse a parte em que digo que a Microsoft inventou o Groove e a parte em que o Google está a copiar a Microsoft.
Obrigada
ARG
Mais lenha para a fogueira:
"Não te esqueças que não é só a tua imagem que pode ficar manchada, é também a de quem te paga o salário."
Pouco lhe interessa. Vê lá como trata um sub-director...
http://rumblepack.wordpress.com/2008/02/10/ana-rita-guerra-responde-a-consola-xbox-da-sony/
Coincidência ou não neste caso também andou meses sem ver um boi à frente - não viu a primeira página durante 8 meses!!!
Ah!, deve ser do Firefox...
http://rumblepack.wordpress.com/2007/04/16/meu-deus-conhecam-a-nova-consola-da-sony-a-xbox/#comment-4976
"Não sou do estilo “nunca tenho dúvidas”. Mas sou um bocado raramente me engano. E após cinco anos a escrever sobre estas coisas, I know better."
Pois, pois. A culpa foi do sub-director. Após 5 anos a escrever asneiras - "she knows better"!
Como se pode ver, ao fim de 7 anos continua em forma...
Questão - para além dos que lhe encomendam peças do tipo "MS lançou em 2003" será que ela é paga para escrever tanta asneira!?
@braço.
Sabes uma coisa, José? Eu acho que conseguia fazer melhor com o mesmo ordenado.
Ana Rita Guerra a 30 de Junho de 2009 às 16:49
Boa tarde Joca,
Há alturas em que a verdade, de facto, é a última coisa em que as pessoas acreditam.
Xavier Orkall a 14 de Junho de 2009 às 19:50
Bolas até eu conseguia fazer melhor! Ainda bem que nunca lá fui...
Mais comentários sobre este extremamente infeliz artigo:
http://friendfeed.com/remixtures/18aa8873/sobre-o-telecoms-package-e-fim-da-internet-ana
Ana Rita Guerra a 30 de Junho de 2009 às 17:00
Boa tarde Bruno,
Tem toda a razão, troquei o nome da leitora. Não consigo ver os comentários no computador do jornal, nem com o Firefox, nem com o Chrome, nem com o IE, que é o único navegador com que se consegue entrar no backend do site. Mas tem razão, e vou fazer a mudança no post.
Quanto ao restante conteúdo, mantenho a opinião. A lentidão da justiça portuguesa impede uma aplicação prática da 3 strikes rule. Mas o grande problema, como digo no post, é a dificuldade de provar a ilegalidade do tráfego.
Agradeço que continue a corrigir-me quando achar que estou errada. Mas se acha que o tom com que se refere a mim neste post está correcto, então estamos conversados.
Cumprimentos
O tom? Não estou a ser crítico sem fundamentar o que digo, não estou a "armar-me em carapau de corrida", não insultei.. não percebo.
AnaRitaGuerra a 30 de Junho de 2009 às 17:13
Meu caro,
Chama-me mal educada, desrespeitadora, má profissional e dá a entender que sou mentirosa. Parece-me que isto se qualifica na categoria de insulto. Sou totalmente a favor da discussão, visto que pensamos de forma muito diferente. Mas jamais me verá a cascar em si e no seus textos dessa forma.
Cumprimentos
Um erro (que é discutível) não é sinónimo de má educação, desrespeito, mentira e mau profissionalismo. Isso é a interpretação que fazes. Quanto a isso, só te posso dizer que, enquanto leitor, não gostei do post que escreveste, mas não foi uma mensagem de falta de profissionalismo teu, etc, que quis passar com este. Fica ao teu critério a aceitação - ou não - disso.
Por favor, trata-me por tu. Eu faço-o e continuarei a fazê-lo contigo. Não vai ser por me dirigir a ti por você que te vou tratar com mais ou menos respeito, porque isso tu mereces tanto como qualquer pessoa. :)
Ana Rita Guerra a 30 de Junho de 2009 às 17:29
"Mau trabalho"; "enorme falta de educação e respeito"... a coisa parece-me literal e não interpretativa. De qualquer forma, também eu não gosto de quezílias bloguistas e apenas respondi porque achei que valia a pena, apesar de muitas vezes só dar conta de comentários/respostas muito mais tarde e perder a oportunidade em tempo útil.
Nota: por regra, trato toda a gente na terceira pessoa até permissão em contrário, como fazes no último comentário.
Cumprimentos
Aí o erro é meu por não ter feito melhor escolha de palavras. Contúdo, antes de "mau trabalho" está "aquilo que me parece ser". Logo, é uma opinião e vale o que vale. ;)
Quanto ao respeito (ou falta dele), talvez "enorme" esteja a mais, e talvez devesse ter referido que é apenas a minha opinião. Mas pareceu-me na altura que a tag "opinião" era mais que suficiente para dar isso a entender.
"Não consigo ver os comentários no computador do jornal, nem com o Firefox, nem com o Chrome, nem com o IE, que é o único navegador com que se consegue entrar no backend do site. Mas tem razão, e vou fazer a mudança no post."
Se não consegue ver os comentários com o seu computador *você* tem um problema, cabe a si *resolvê-lo*, em vez de o usar com desculpa.
"Quanto ao restante conteúdo, mantenho a opinião. A lentidão da justiça portuguesa impede uma aplicação prática da 3 strikes rule."
O que significa que você escreveu sobre algo que não entende. A "3 strikes rule" é aplicada *sem recurso* ao tribunal, pelo que a lentidão da justiça Portuguesa não iria interferir em nada.
" Mas o grande problema, como digo no post, é a dificuldade de provar a ilegalidade do tráfego. "
Mais uma vez, nos cenários "three strikes" não é necessário provar a ilegalidade do tráfego. Aliás, é isso que faz com que variados moivmentos de cidadãos estejam contra tal medida.
Ana Rita Guerra a 1 de Julho de 2009 às 14:52
MBN,
Não consigo ver os comentários no computador do jornal, é tão simples quanto isto. Se você acredita ou não é irrelevante.
Se não sabe que a discórdia da 3 strikes rule no Parlamento Europeu tem que ver com a autorização prévia de um poder judiciário para o corte da Internet, sugiro que vá ao site do PE esclarecer-se.
E por fim, é óbvio que a 3 strikes rule só se aplica a tráfego ilegal, o que é difícil de provar (a não ser que você tenha encontrado uma fórmula rápida e automática, que faça o favor de providenciar às autoridades). Ou acha que um ISP é forçado a cortar o acesso porque alguém acordou mal-disposto?
Cumprimentos
paula simões a 1 de Julho de 2009 às 17:45
Cara Ana Rita,
A questão de acreditar ou não no facto de não ver os comentários, no seu browser de trabalho, não se coloca.
Se não os vê, a Ana Rita tem um problema que, devia ter comunicado, assim que de tal se apercebeu, ao responsável.
Continuar a dizer que não vê os comentários do blog pelo qual é responsável, utilizando o tempo presente não é aceitável, como deve compreender.
A situação de uma pessoa que comete alegadamente uma ilegalidade ou um crime e é levada a tribunal não é notícia. Faz parte do processo habitual, normal. Não é notícia.
A notícia aqui é que existem associações, organizações, empresas e movimentos, com grande poder de persuasão, que querem que seja criada uma lei que permita a constituição de uma comissão que tenha o poder de monitorizar o que os cidadãos fazem na internet e que tenha o poder de cortar a ligação à internet às pessoas, sem que estas sejam presentes a um tribunal.
E isto é que é a notícia, porque se está a pensar em criar uma lei que vai contra os direitos fundamentais da privacidade e da liberdade de expressão. E isto é grave.
Em França, em que este processo se encontra adiantado, o objectivo era (digo era, porque a lei voltou para trás embora continue a ter desenvolvimentos) obrigar as pessoas a instalar uma aplicação de software que iria permitir a esta tal comissão monitorizar o que fazem na internet.
Se esta lei for passada nestes termos, a situação muda radicalmente, sim.
Porque não haverá um juiz, uma acusação, um julgamento, não só esta comissão não tem de provar que a pessoa A fez partilha ilegal, como a pessoa não se pode defender.
E é isto que é a notícia e o ponto fulcral desta matéria.
Eu já percebi que a Ana Rita é a favor destas medidas, o que, tendo em conta que é jornalista, deixe-me dizer-lhe, me entristece.
Habituámo-nos a ver nos jornalistas "wachtdogs" e é uma desilusão perceber que há jornalistas que dócil e facilmente, aceitam e se subjugam a serem monitorizados no trabalho que fazem.
Porque a verdade é que um jornalista que aceita ser vigiado, não está a pensar em tocar em pontos "sensíveis", e se não for para isso, de pouco servem.
Ana Rita Guerra a 1 de Julho de 2009 às 18:08
Mas vejamos, eu não me estou sequer a referir ao HADOPI nem às trapalhadas que Sarkozy tem feito, com votações repetidas a ver se passa. Eu estou a referir-me ao Telecoms Package, cujo impasse se deve à luta entre o Parlamento Europeu e o Conselho de Ministros. O PE quer que a net seja cortada apenas depois de ordem judicial, o CM quer que tal não seja necessário e a 3 strikes rule vá adiante com a queixa do dono do copyright, após os tais 3 avisos.
Do que eu não sou a favor é que quem pirateia possa continuar a ter acesso à Internet. Nada tem que ver com docilidade ou falência de luta contra os poderosos. Note que esta opinião é pessoal, não profissional; quando escrevo no jornal sobre pirataria ouço as duas partes.
Deixe-me recordar que o Remixtures pediu 150 euros para dar a sua opinião sobre pirataria, o que para mim foi um pormenor delicioso.
Melhores cumprimentos
paula simões a 1 de Julho de 2009 às 21:21
Eu já expliquei várias vezes o que está em causa com o pacote telecom e penso que fui bastante clara.
A senhora tem o direito de achar que parar a "pirataria" é o mais importante, da mesma forma que eu tenho o direito de achar que o direito fundamental à privacidade e à liberdade de expressão se sobrepõe ao interesse de meia dúzia de majors de fazerem mais uns trocos.
E, sim, ao ser a favor destas medidas está a favor da monitorização, tal como acontece em França, pois é esse o caminho que estes grupos de pressão querem que se siga.
Deixe-me, já agora, pedir-lhe então um link para uma notícia sua onde exponha as duas opiniões, os dois lados, uma vez que me garante que os ouve. Até agora só encontrei a sua opinião no blog.
Qualquer pessoa que seja observadora do que se está a passar chega facilmente à conclusão que não existe nenhuma medida de força capaz de parar a "pirataria".
E deixe-me acrescentar que todas as leis e medidas que se têm tomado têm contribuído para a "pirataria".
Veja o caso do DRM e das leis do DRM, que basicamente dizem às pessoas que se quiserem cumprir a lei serão castigadas (não podem passar o cd para leitor de mp3, não podem o dvd no seu leitor favorito, podem ficar sem funcionalidades nos seus e-books e até mesmo ficar sem eles) e quem não cumprir a lei não só não terá qualquer problema destes como poderá até ser promovido.
Assim, as editoras e associações têm o que merecem, fizeram e continuam a fazer por isso.
Eu, que cumpro a lei, é que nunca irei permitir que me retirem o meu direito à privacidade e à liberdade de expressão só para algumas empresas fazerem mais uns trocos no fim do ano.
> quando escrevo no jornal sobre pirataria ouço as duas partes
Até o pode fazer (sei que já o fez quando, ainda o 'i' não tinha sido lançado, me entrevistou sobre o assunto), mas depois ignora uma delas...
> Não consigo ver os comentários no computador do jornal, é tão simples quanto
> isto. Se você acredita ou não é irrelevante.
Eu não disse que não acreditava, o que eu disse é que isso não interessa nem
serve como desculpa: se tem um problema, tem de o resolver, em vez de o usar
como desculpa para não fazer um bom trabalho.
> Se não sabe que a discórdia da 3 strikes rule no Parlamento Europeu tem que
> ver com a autorização prévia de um poder judiciário para o corte da Internet,
> sugiro que vá ao site do PE esclarecer-se.
A discórdia da "3 strikes rule" é exactamente porque, sem a emenda 138, ela
seria potencialmente aplicada sem haver acusação, defesa, e posterior prova da
existência de infracção à lei. Como você própria disse no seu artigo, "De um
lado, os parlamentares que querem dar essa hipótese ao governo de cada país
europeu; do outro, os parlamentares que exigem que este poder passe primeiro
pela sanção de um tribunal." Se não existir essa exigência, então a 3 strikes
rule pode ser aplicada com um modelo semelhante ao da tentativa de HADOPI
Francesa.
> E por fim, é óbvio que a 3 strikes rule só se aplica a tráfego ilegal, o que
> é difícil de provar (a não ser que você tenha encontrado uma fórmula rápida e
> automática, que faça o favor de providenciar às autoridades). Ou acha que um
> ISP é forçado a cortar o acesso porque alguém acordou mal-disposto?
Caso o Pacote Telecom não tenha a emenda 138 que exige que haja uma passagem
pelo tribunal, então um ISP passa a poder ser forçado a cortar o acesso porque
alguém lhe disse que o devia fazer, sem provas, potencialmente por esse alguém,
por exemplo, ter acordado mal disposto.