Voz: necessária ou acessória?
Embora ache interessantíssimo o texto do Filipe Marques sobre o que ele faria se gerisse uma editora, não é sobre isso que vou escrever. Vou antes abordar outro tópico que não está muito relacionado com o do Filipe.
Esta introdução serve apenas para vos remeter para esse post, que eu considero uma boa leitura.
Bem, cá vou eu. Take cover!
Na música, até que ponto a voz é necessária? Já há muito tempo que acredito que a voz deve ser apenas mais um instrumento, por isso apenas usada se os músicos assim o entenderem. É por isso que eu não estranho nada ouvir uma música sem qualquer uso de voz; e é também por isso que não ligo às letras, mas ao trabalho vocal. As minhas paixões platónicas pelas vozes da Teresa Salgueiro e da Yukimi Nagano vêm disso mesmo: do trabalho vocal que conseguem fazer e do muitíssimo agradável timbre que têm.
Parece ser quase uma instituição: uma música tem que ter alguém a cantar. Isto é regra nas músicas mais comerciais, pelo menos, e até na electrónica se vê. No entanto, do que conheço do Post-Rock (uma paixão recente minha), só para dar um exemplo, a voz está longe de ser necessária. Bem pelo contrário: os instrumentos completam-se de tal forma que se pode passar muito bem sem uma voz.
Esta é a minha opinião. Qual é a vossa? Acham a voz necessária, acessória ou outra coisa qualquer?