Caro troll/astroturfer
O software livre é moldado às necessidades dos utilizadores, porque existe constante input por parte dos mesmos, ao contrário do que afirmas. Eu próprio costumo dar input a várias aplicações livres que uso e ele é recebido, tanto que algumas receberam novas funcionalidades que sugeri.
E se não funciona, então que é que faz a mover a internet? O Sapo usa software livre nos seus servidores e olha que eles não passam a vida a ficar azuis... Mais e mais OEMs apostam em sistemas livres, talvez por funcionarem.
Software livre não é software à borla, é software ética, moral e socialmente correcto, ao contrário do dictatorware que defendes - e que provavelmente é do teu empregador.
Nelson a 14 de Outubro de 2008 às 13:45
Parece-me que estás a conduzir a discussão para outro nível, que não o início. Parece-me algo de Livre Vs. Proprietário.
Desculpa-me, mas o meu interesse não é discutir esse pressuposto.
Pensei que estivéssemos a falar de custos de eficiência de produto, de rendibilidade e afins.
E outra coisa, Bruno, não confundas a expressão moral (ética, que é a mesma coisa no termo em que a aplicaste) com social, pois não é a mesma coisa.
Também não tens base de suporte para afirmar que defendo somente o software proprietário, pois isso não é verdade. Eu defendo e gosto de software na sua génese, independentemente de ser livre ou proprietário. Simplesmente não me revejo no(s) conceito(s) que se aplicam regularmente ao software livre.
Para outro nível? Talvez queiras dizer outro campo, mas não estou. Estou a tentar, simplesmente, manter a discussão nos mesmos moldes do post.
Moral e ética não são a mesma coisa. Dificilmente aparecerão dissociadas, mas não deixam de ser diferentes - não muito, mas diferentes. O social também está associado a elas, por razões óbvias - podes não o querer ver, mas está.
Eu não defendo o software proprietário porque ele é contrário ao que eu acredito e defendo. Eu defendo liberdade, igualdade, liberdade de expressão e regras para a sociedade funcionar, e o software proprietário, do meu ponto de vista, é contrário a isso.
O software livre refere-se a liberdade, a dar o controlo ao utilizador. Se não te revês nisso, presumo que liberdade é um conceito que não te respeita particular interesse.
Nelson a 14 de Outubro de 2008 às 14:47
Bruno,
Dicionário da Língua Portuguesa:
ética
do Lat. ethica < Gr. ethiké
s. f.,
ciência da moral;
moral;
Acho que estamos esclarecidos quanto a esta.
Liberdade. Uso o provérbio muitas vezes adoptado para a conjugar.
A liberdade de uns acaba quando começa a dos outros.
Apesar dos teus atropelos aos conceitos e paradigmas da realidade social eu não te censuro, pois não tens que os dominar. Se fosses só tu, caro amigo...
Voltando à liberdade. Tu não estás do lado de um paradigma só porque acreditas que é a melhor forma para sustentar um tipo crescimento viável ou porque achas que é efectivamente melhor. Mais parece que estás ao lado de um partido político de forma intransigente e em que nem sequer sabes bem porquê.
Vamos a ver se me percebes.
A discussão entre Software Livre e Software Proprietário é uma das lutas mais desiguais travadas na era contemporânea. Para além de conceito, da razão ou da aplicabilidade, ela tornou-se numa Guerra onde se usam diariamente as mais vergonhosas armas que alguém poderia usar, como o descrédito, o controlo das massas para a obtenção de um tipo de opinião favorável, mentiras atrás de mentiras e podres do passado para atenuar os próprios podes de um dos lados.
Nesse campo, é o Software Livre quem mais batalhas tem vencido nos últimos tempos. Ele desfruta de um conjunto de aliados de peso que, por sua vez, desfrutam de um acesso às massas de forma privilegiada, o que lhes permite um controlo fácil sobre elas.
É por isso que não acredito na actual concepção do conceito de Software Livre, pois a longo prazo acredito que os verdadeiros ditadores são os que agora reclamam maior liberdade (Fidel Castro também falava num tipo de liberdade social supérflua e Cuba não é bem o melhor exemplo de Liberdade). Não quero, contudo, dizer que não funciona, mas sim que precisa de muitos ajustes.
Não se pode fazer prevalecer um à custo do sacrifício por completo do outro (Holocausto). O que fazer? Acabar com todas as empresas de software proprietário, extinguir a Microsoft, a Adobe, matar Steve Jobs, Balmers, Gates, etc? Estará isso correcto?
Embora penses que defendes uma causa social, não o defendes pois só analisas um lado da questão. Mais do que controlar és controlado.
Não deixes que te controlem o pensamento, mas pensa, sim, por ti.
Não te peço para acreditar nas minhas palavras, mas ainda assim proponho-te que leias Marcuse, Towards a Critical Theory of Society.
Abraço,
A ética é a passagem a regras da moral. Como eu disse, não é a mesma coisa, porque eu não tenho problemas se não seguir as regras da moral, mas tenho se não seguir as da ética.
Liberdade. Uso o provérbio muitas vezes adoptado para a conjugar.
A liberdade de uns acaba quando começa a dos outros.
E o software proprietário é o retirar dessa liberdade; é o tirar a liberdade dos outros.
Tu não estás do lado de um paradigma só porque acreditas que é a melhor forma para sustentar um tipo crescimento viável ou porque achas que é efectivamente melhor.
Tens como provar isso? É que um dos argumentos que utilizo para defender o software livre, seja aqui no blog ou quando falo com alguém, é ele permitir uma evolução constante.
Mais parece que estás ao lado de um partido político de forma intransigente e em que nem sequer sabes bem porquê.
Sei e bem, por isso é que o defendo. Tu é que pareces ainda não saber muito bem como fazer astroturfing. Quase me sinto insultado com a mediocridades deste teu astroturfing.
Uma das coisas boas do software livre é que todos e ninguém tem controlo sobre o software. É a sua natureza.
O que descreves aplica-se ao software proprietário. E não é exagero da minha parte dizê-lo. Utilizador sem controlo e preso é o quê?
A extinção das empresas de software proprietário é um mal necessário se elas não "libertarem" o seu software. Achas bem dar continuidade a uma empresa - ou seja lá ao que for - só porque ela teima em não querer fazer as coisas de uma forma mais honesta e correcta?
Nelson a 14 de Outubro de 2008 às 15:30
Olha, dou por terminada a nossa discussão nesta matéria, pois recuso-me a desenvolver algo que por ti é interpretado de forma negativa, ao ponto de utilizadores expressões como "mal necessário" para defender a extinção da indústria do software proprietário.
É muito triste, muito mesmo, principalmente vind o de uma pessoa que parece fazer parte de forma activa da comunidade de defensores de software livre. Lembra-te que ao defender a aniquilação desse tipo de mercado, não só renuncias à base da tua existência, pois a tua sociedade foi construída à custa do saber e do conhecimento de empresas como as que gostarias de extinguir, mas como também demonstras muita falta de consideração para milhões de cidadãos que trabalham e vivem dessa indústria.
A tuas opiniões são em tudo muito semelhantes às que sustentaram o III Reich, e ainda dizes que os outros é que são ditadores.
Reitero, mais uma vez, para o facto de não me poderes acusar de estar deste ou daquele lado do barco. Disse, sim, que não considero actual concepção do modelo de software livre a mais correcta, o que, de certo modo, fica comprovado após a análise detalhada das tuas palavras.
Outro aspecto, não menos relevante embora da carácter funcional. O Sapo não utiliza somente software livre. Também tem servidores baseados em Windows Server e bases de dados que correm sobre SQL Server.
Para terminar, digo que considero ambas as correntes (proprietária e livre) importantíssimas para a construção da realidade social do futuro, independente do tipo de representatividade de cada uma.
Olha, dou por terminada a nossa discussão nesta matéria, pois recuso-me a desenvolver algo que por ti é interpretado de forma negativa, ao ponto de utilizadores expressões como "mal necessário" para defender a extinção da indústria do software proprietário.
Não tarda nada também achas negativo eu defender a extinção da ditadura de Mianmar.
É muito triste, muito mesmo, principalmente vindo o de uma pessoa que parece fazer parte de forma activa da comunidade de defensores de software livre. Lembra-te que ao defender a aniquilação desse tipo de mercado, não só renuncias à base da tua existência, pois a tua sociedade foi construída à custa do saber e do conhecimento de empresas como as que gostarias de extinguir, mas como também demonstras muita falta de consideração para milhões de cidadãos que trabalham e vivem dessa indústria.
À base da minha existência? Eu nasci fruto de sexo, não de software, muito menos software proprietário. :P
Eu não tenho falta de consideração pelas pessoas que trabalham em software proprietário, apenas não tenho qualquer consideração pela indústria. E esse conhecimento das empresas é negado aos cidadãos, a não ser que paguem balúrdios e não o partilhem com ninguém. Achas isso correcto? O conhecimento deve estar disponível para todos e deve ser partilhado por todos, só assim é que evoluímos mais e melhor.
Reitero, mais uma vez, para o facto de não me poderes acusar de estar deste ou daquele lado do barco. Disse, sim, que não considero actual concepção do modelo de software livre a mais correcta, o que, de certo modo, fica comprovado após a análise detalhada das tuas palavras.
Pensava que o facto de todos e ninguém controlar o software mostrava o contrário...
Outro aspecto, não menos relevante embora da carácter funcional. O Sapo não utiliza somente software livre. Também tem servidores baseados em Windows Server e bases de dados que correm sobre SQL Server.
Acredito que usem. O curioso é que, por exemplo, o Sapo Blogs, é suportado com software livre. O mesmo com o Sapo Mail e, se não estou em erro, o próprio portal do Sapo, que usa um CMS livre.