Os problemas do ensino em Portugal estão relacionados com o facto de termos saído de uma ditadura onde o problema era resolvido utilizando o medo, e termos entrado numa democracia onde essa ferramenta (o medo) não é aceitável. Temos então uma geração que ensina sem ferramentas, e que aprendeu com o medo. E o problema é que luta contra um mundo com cores vibrantes e coisas bem mais giras (e.g. TV) que os estudos; é uma luta ingrata. E por não haver ferramentas é preciso experimentar outros sistemas, e se há experiências é porque as pessoas como o Daniel se sentem cobaias do que correu mal. Senão as há o ensino correria de forma igualmente má mas sem ninguém tentar nada. Agora acordem para que é preciso resolver o buraco deixado pela ferramenta inaceitável!
Depois temos o problema da medida: se alguém desistisse na 2a classe, azar o dela. Hoje, se alguém desiste antes do 9o ano (futuramente o 12o), azar o nosso porque nós como sociedade seremos mais fracos!
Por isso (e se calhar por muito mais) os problemas do sistema de ensino são muito complicados. O processo é iterativo e está cheio de lobbies a desviar e retardar a convergência. E mesmo que tenhamos decisores competentes, os "middle man" estão lá para fazer boicote em função da cor política.