Segunda-feira, 15.09.08

Prevenir prisão preventiva?

Hoje, na edição online do jornal O Público, pode ler-se o seguinte num artigo sobre um alerta que a Comissão Independente de Juízes sobre os alegados efeitos secundários indesejáveis da alteração das leis penais:

A Comissão Independente de Juízes alertou hoje que muitos dos presos libertados desde Setembro de 2007, em resultado das alterações das leis penais, são delinquentes muito perigosos. Existem hoje nas prisões portuguesas menos 2038 presos relativamente ao ano passado.

Em comunicado, a Comissão alerta que os presos libertados são “delinquentes altamente perigosos, que percorrem o país fortemente armados” e salienta que tais delinquentes vêm "cometendo crimes violentos contra as pessoas e afrontando com armas na mão as próprias forças de segurança".

Se isto não for mais um alarmismo populista para receber uns minutos de atenção, isto é, se for uma situação real, é assustador (preocupante seria dizer pouco).

Quinta-feira, 04.09.08

Mãe, estou a fazer uma apreensão na televisão

Porque razão ou razões escolherão as forças de segurança os bairros sociais localizados nos arredores das grandes cidades, onde estão as minorias étnicas, quando querem fazer grandes operações de aparato policial para aparecer na televisão? De certeza que existem outros locais, alguns talvez bem no meio das grandes cidades.

É um facto que existe muita criminalidade nestes bairros. Mas também é um facto que isto se deve a um mau planeamento que já vem desde há muitos anos e que parece que vai continuar por mais uns tantos. Tentar passar a ideia de que só nestes bairros é que existe criminalidade e que eles são o esconderijo dos bandidos não me parece que vá ajudar a melhorar a situação. Bem pelo contrário!

Eu preferia que não fossem feitas operações deste tipo. Elas servem, não para dar às populações um sentimento de segurança, mas para dar importância à histeria implantada pela televisão nas mentes dos portugueses. Sempre houve criminalidade; porque raio é que a televisão só agora deu destaque a isto e de forma tão insistente, chegando ao ponto de se abrirem telejornais com uma notícia de um assalto a uma ourivesaria?

Depois deste aparato policial, que virá a seguir? Perseguições a alta velocidade nas auto-estradas a ladrões de automóveis, em directo para a televisão?

As respostas a estas perguntas, pelo menos para mim, são óbvias: a televisão tem que ter audiências para conseguir aumentar as receitas da publicidade, por isso vende novelas em vez de notícias; a população engole tudo o que lhe enfiam pela garganta abaixo e entra logo em histeria, obrigando os governantes a tomar medidas, com estes a correr o risco de perderem popularidade se não o fizerem; a polícia faz operações para as câmaras televisitas por forma a que os políticos não percam a popularidade de que precisam. Bem, leiam este post do Daniel Oliveira, onde estão bem melhor explicadas estas e outras razões.

publicado por brunomiguel às 18:51 | link do post | comentar
Domingo, 24.08.08

Polícias agredidos em Loulé

Para onde estamos a caminhar? Para onde quer que seja, não parece ser um destino apetecível e recomendável para um país livre e democrático.

Três militares da GNR de Loulé foram agredidos hoje de madrugada por um grupo de pessoas numa festa que decorria num salão municipal em Loulé.
[..]
Os agentes agredidos estavam no posto de Loulé quando foram chamados para resolver uma situação de desacatos, tendo à sua chegada sido imediatamente agredidos.


Estarão os media agora a dar mais destaque a este tipo de situações ou a criminalidade em Portugal está de facto a aumentar? E que é feito da Administração Interna; ainda está de férias?

via O Público

publicado por brunomiguel às 22:55 | link do post | comentar

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